terça-feira, 4 de setembro de 2012

Reflexões sobre o tempo

Só hoje fui me dar conta de como o ano está passando rápido. E isso só porque coloquei a data de Agosto em uma nota que eu estava fazendo. Nem vi que já é Setembro.Faz tempos que decidi não olhar mais no calendário e apenas viver um dia de cada vez. Mas hoje pensei um pouco no tempo. Talvez porque ontem comecei a procurar no Facebook, alguns antigos colegas de escola. Encontrei alguns, e vi como nós todos estamos diferentes. Me lembrei de um tempo tão feliz, a época do segundo grau. Éramos uma turma legal, cheia de sonhos e planos.  Como todos jovens achávamos que poderíamos mudar o mundo. Achávamos que o futuro estava distante. E isso ficou a dez anos atrás. Mas as vezes acho que 2002 ainda não passou. Senti saudade de acordar arrumar as coisas e ir pra escola. Aquela turma formada de seres de nomes estranhos, tipo: Raunir Napoleão, Thetcha Rosa, Veridiana, Sonally, Aracely, Rainer, Rhilton, Marinéia, Eu (Anizia), minha irmã Matilde, Aristéia, será sempre uma grande lembrança. Então escrevi essa poesia sobre aquela época:

Há muito tempo atrás

Hoje me lembrei de um tempo
Que a muito tempo ficou pra trás
Tempo de sonhos, alegrias e questionamentos
Um tempo que não volta mais

Éramos tão jovens
Tínhamos tantos planos
Éramos tão inexperientes
Cometíamos tantos enganos

O futuro parecia tão distante
Aproveitávamos cada instante
Nossas idéias eram brilhantes
Nos achávamos tão importantes

Era um tempo de descobertas
De fazer a escolha certa
Estudar física ou ser artista?
Ser matemático, talvez atleta...

Era um tempo de alegrias
De poucas preocupações
Tempo de começar a vida
E do despertar de jovens corações

Éramos incríveis
Nos considerávamos invencíveis
Talvez nós achávamos imortais
Queríamos sempre mais

Mas o futuro, tão distante
Por fim nos alcançou
As coisas não são como eram antes
E nem tudo aconteceu como a gente planejou

Aquele tempo é hoje passado
Talvez raramente lembrado
Ou talvez apenas congelado
Em um velho porta retrato

Talvez hoje estejamos cansados
Levamos nossos próprios fardos
A idade adulta enfim chegou
Há tempos não nos vemos, pois a vida nos separou

Mas trazemos no peito uma saudade
Das reuniões dos finais de tarde
Éramos tão jovens e tínhamos tantos sonhos
Hoje adultos, a vida nos deu a realidade.

Dedicado ao tempo do segundo grau.





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