terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Casulo de Borboleta

A vida inteira fui lagarta
Não questionava nada
Vivia em silêncio absurdo
Sempre fechada em meu casulo


Sempre calada
Em meu mundo trancada
Fingia felicidade
Mas a tristeza só aumentava

Não podia dizer o que penso
Revelar meus verdadeiros sentimentos
Não podia abrir meu coração
Era preciso manter a boa reputação

Mas como lagarta no casulo
Em borboleta me transformei
Mostrei a todos minhas asas
E pelo céu então voei

Em minhas asas
Há muitas marcas
Algumas até mesmo rasgadas
Revelam a dor que eu carregava

Mas embora feridas
Minhas asas não são cinzentas
São muito bem coloridas
Com cores fortes e bem vivas

E essas asas não são pequenas
Eu gosto de aparecer
São grandes e não são foscas
São cintilantes para que longe todos possam ver

Quando essas asas se abrem
Alguns tentam cortá-las para que não voem
Então voarei mais alto
Pois sei que tenho admiradores

Alguns pensam que essas asas
Demontram grande fragilidade
Mas já voaram por tanta tempestade
São asas fortes, apenas possuem grande sensibilidade

Essas já foram descoradas pelo sol
Molhadas pela chuva
Danificadas pelo tempo e congeladas pela neve
Mas a borboleta continua

Mesmo com tantos desencantos
Não vou desitir
Voerei cada vez mais alto
Pelos mais lindos campos

E que se dane a reputação
Eu só quero agora é
Liberdade, felicidade
e ser feliz de coração!



Durante muito tempo deixei todos decidirem o que eu devia fazer, o que dizer, onde ir, com quem falar... Vivi seguindo conselhos. A maioria deles apenas me fizeram sofrer. Continuo ouvindo conselhos. Mas neste post, quero dizer que agora decido se vou segui-los ou não. Sei que as intenções dos conselhos são as melhores, pois como dizem quem está de fora, vê melhor do que quem está dentro. Eu discordo. Do lado de fora, não se vê todos os pormenores. Só quem está dentro os vê. Talvez eu não esteja voando pelos campos em que planejei voar ou pelos campos em que esperam me ver voando. Mas eu estou bem nesse jardim. Pensando bem estou vivendo. Não planejo mais a vida, deixo as coisas acontecerem. Talvez eu esteja no jardim errado ou quem sabe seja o jardim que procurei por toda a vida. Não sei, só o tempo dirá. No momento estou bem. Apenas espero a compreensão e que a mesma felicidade que me desejariam pelo maior campo do mundo seja também desejada nesse jardim. E se eu perder o rumo novamente, vou fechar minhas asas por um tempo, para abri-las novamete, como tenho feito a vida toda. No mais amo todos vocês, amigos de longas datas e espero contar com todos vocês e que entedam que não é preciso mudar de amigos, se entendermos que os amigos mudam. E eu mudei para a melhor. E assim como vocês tem espaço para novos vôos e para novas borboletas, eu também me permito este mesmo direito.

Post dedicado a todos que se preocupam com a realização de meus sonhos.


E por favor, Não tirem as minhas asas!

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